Concertos (2/∞) - Nitin Sawhney

Os concertos de Nitin Sawhney não são nem energizantes, nem para pular, nem para acompanhar as letras. São sim momentos de beleza destilado, em que parece que nada nota dos músicos, silaba dos cantores está lá para aumentar a beleza do momento.

São daqueles concertos em que se ouve o público a se mandar calar a si próprio, para apreciar aquela música mais acustica.

Ontem foi mais um, para mim o terceiro. Foi o primeiro concerto que ouvi na Casa da Musica (na primeira fila, pés apoiados no palco), um dos vários a que assisti no Coliseu do Porto e agora no Melkweg, o primeiro concerto de um artista que realmente aprecio e conheço música atrás de música que vejo em Amsterdam.

O som de Nitin em concerto evoluiu, apesar da formação ser, tirando um outro convidado especial, a mesma desde aquele primeiro concerto. Esta mais real. Menos sintetizadores, menos efeitos de som, mas sem perder a musicalidade (talvez ganhando até autenticidade).

O último album foi amostrado em 2 ou 3 músicas, sendo a "Days of Fire" uns dos momentos altos do concerto (a música inspira-se nos atentados de Londres, de uma perpectiva Londrina... algo assustador perceber que "aqui também pode acontecer isto"). Outro momento muito bom foi a "Conference" com as 3 vozes sincronizadas (foi mais brilhante no Porto, com Cheb Mami como convidado).

Fica para uma possível próxima falar do público holandês, desta vez em versão mais crescida que com os Asian Dub Foundation. (Pista: são muito calminhos...)

Deixo aqui um link para a "The Conference"... Ouçam, vale a pena.