26 de agosto de 2008

It's Curtains for You! Curtains!

(Antes de lerem o post: Por favor percebam o título. Se não perceberam, vejam)
Cortinas, cortinados, curtains, drapes...

Do dicionario da lingua portuguesa:
cortina (do Lat. cortina)

  • peça de pano, suspensa, que serve para resguardar um leito, um armário, uma janela, etc. ;
  • docel por cima de cadeira do rei, na sua capela;
  • muro de resguardo à beira de um precipício;
  • lanço da muralha entre dois baluartes;

Do meu novo dicionário de conceitos holandeses:
  • Ser mitológico,
  • Inexistência,
  • Conceito abstracto,
  • nada,
  • nadie,
  • zip,
  • zero...

Depois desta introdução, demasiada longa por sinal, vamos directos ao assunto: não as há (ok, estou a exagerar um pouco, há algumas... devem ser emigras). Os holandeses fazem por não usar cortinas, mesmo no rés-do-chão.
Como eu ainda estou na minha fase de burro a olhar para palácio, passando pela rua a olhar em redor, para as casas e pessoas, não consigo evitar olhar para dentro da casa das pessoas. Vejo pequenos momentos de quotidiano: pessoas a cozinhas, a ver televisão, a andarem pela casa a carregar qualquer coisa, nas roupas de casa, crianças, e outras pequenas imagens. Finalmente, algo acaba sempre por dizer no meu cerebro "não devias estar a olhar para aqui", e desvio o olhar e acelero o passo... até à próxima janela...

É um pormenor quase insignificante, mas uma peça de puzzle sobre a maneira como os holandeses vêm a vida, contribuindo também para que as ruas, bastante uniformes em estilos de construção, sejam mais amplas e estejam em continuo movimento, mesmo sem pessoas na rua.

PS: alguém fazia ideia que a muralha entre dois baluartes se chamava cortina... Vá, não digam que não aprendem nada... Desta vez não cobro.
(foto descaradamente roubada de: http://www.licketyknit.com/)

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