Cortinas, cortinados, curtains, drapes...
Do dicionario da lingua portuguesa:
cortina (do Lat. cortina)- peça de pano, suspensa, que serve para resguardar um leito, um armário, uma janela, etc. ;
- docel por cima de cadeira do rei, na sua capela;
- muro de resguardo à beira de um precipício;
- lanço da muralha entre dois baluartes;
Do meu novo dicionário de conceitos holandeses:
- Ser mitológico,
- Inexistência,
- Conceito abstracto,
- nada,
- nadie,
- zip,
- zero...
Depois desta introdução, demasiada longa por sinal, vamos directos ao assunto: não as há (ok, estou a exagerar um pouco, há algumas... devem ser emigras). Os holandeses fazem por não usar cortinas, mesmo no rés-do-chão.
Como eu ainda estou na minha fase de burro a olhar para palácio, passando pela rua a olhar em redor, para as casas e pessoas, não consigo evitar olhar para dentro da casa das pessoas. Vejo pequenos momentos de quotidiano: pessoas a cozinhas, a ver televisão, a andarem pela casa a carregar qualquer coisa, nas roupas de casa, crianças, e outras pequenas imagens. Finalmente, algo acaba sempre por dizer no meu cerebro "não devias estar a olhar para aqui", e desvio o olhar e acelero o passo... até à próxima janela...
É um pormenor quase insignificante, mas uma peça de puzzle sobre a maneira como os holandeses vêm a vida, contribuindo também para que as ruas, bastante uniformes em estilos de construção, sejam mais amplas e estejam em continuo movimento, mesmo sem pessoas na rua.
PS: alguém fazia ideia que a muralha entre dois baluartes se chamava cortina... Vá, não digam que não aprendem nada... Desta vez não cobro.
(foto descaradamente roubada de: http://www.licketyknit.com/)